Lugares que deveriam servir de acomodação para os usuários do transporte público de guia Campinas enquanto aguardam o ônibus, servem também de prateleira e assentos para vendedores ambulantes. As estações de transferência, inauguradas para dar maior conforto, acessibilidade e segurança aos cidadãos campineiros, são as preferidas para a prática do comércio ilegal.
Os ambulantes aproveitam as falhas da fiscalização da prefeitura, principalmente no período noturno (após as 18h), quando, na maioria dos dias, não há fiscalização. Eles montam um comércio paralelo no centro da cidade. Na Avenida Senador Saraiva é possível encontrar pessoas vendendo até mesmo churrasquinhos e CDs piratas.
Na Avenida João Jorge, no Centro, pessoas foram flagradas vendendo produtos sem autorização, próximo à Igreja Universal do Reino de Deus. São doces, água e sorvete. Após denúncias, outros pontos ilegais de venda também foram identificados nas estações de transferência da Rótula (Avenida Dr. Moraes Sales, Rua Irmã Serafina, Avenida Anchieta, Avenida Orosimbo Maia e Avenida Senador Saraiva).
A usuária de transporte público Lucimara Santos de Carvalho, 38 anos, afirma que é comum a venda desses produtos nos pontos da Avenida João Jorge e diz que raramente há fiscalização: “Todo o dia eu passo por aqui e quase sempre tem alguém vendendo doces, mas são poucas vezes que eu vi algum fiscal e, quando tinha, não pegaram os vendedores, pois eles escondem a mercadoria quando vêem os guardas”.
A Setec, responsável pela autorização do uso do solo para comércio em instalações removíveis em vias públicas, reconhece que os 23 fiscais responsáveis pelo controle do comércio ilegal de todos os bairros são insuficientes. A autarquia afirmou que faz rondas motorizadas para tentar coibir este tipo de comércio ilegal.
Fonte: EpCampinas