Nem o próprio entendia muito por que àquela altura, mas Rafael Carvalho estava prestes a se formar em Educação Física pela Unicamp. em guia de Campinas. Na apresentação do seu trabalho final, preparou algo pouco usual para um aluno do curso, que acabou em música e luz de velas. Ali, conta, uma chave no seu entendimento do que é arte virou. “A arte pode ser qualquer coisa dependendo da intenção de quem a faz”, afirma hoje.
Dali em diante, acreditou que os textos que escrevia não pareciam irrelevantes como uma expressão que podia interessar aos outros. Em mais uma das histórias curiosas que permeiam sua entrada na rotina musical, a primeira apresentação que fez com violão e voz foi na Dinamarca em 2005, durante um período que esteve no país.
Vai voltar, pouco mais de meia década depois. Dessa vez, com uma ideia bem mais formatada do que é a sua música, do que são seus poemas cantados. Por mais clichê que soe a expressão, no caso de Rafa Carvalho – como é chamado – é adequado: seu acordes são secundários diante do que escreve. “Estou começando a estudar música”, comenta, “a grande mensagem é a letra”. Até então, as melodias que cria são intuitivas.
Com a apresentação “In Transe Tô”, Rafa Carvalho fará um giro pela Europa a partir de julho, e tem datas marcadas na Suiça, Dinamarca, Alemanha, Galícia, Espanha, em Portugal e no Reino Unido. Já tem 15 shows agendados em cafés e outros espaços culturais, fora os que pretende fazer nas ruas européias e em casas dos colegas que acumulou na passagem anterior pelo Velho Mundo. O último em 15 de setembro, data próxima dos três meses que ficará no exterior.
Na volta, tem planos mais ou menos traçados para dar continuidade ao trabalho musical: gravar um disco violão e voz, e começar a formar uma banda. Pensa num conjunto de instrumentos pouco habitual, com cello, baixo acústico e percussão o acompanhando. Hoje seu o show tem um caráter completamente intimista, a ponto de, entre uma música e outra, o bate-papo entre ele e os presentes ser estimulado.
Fonte: EpCampinas