Empresário e lobistas têm 1ª audiência judicial sobre fraudes em Campinas

A primeira audiência no âmbito judicial sobre o esquema de fraudes em licitações nas áreas de limpeza, segurança e vigilância em três estados, que envolveram o empresário José Carlos Cepera, está marcada às 10h30 desta sexta-feira (17), na Cidade Judiciária de guia Campinas.

O Ministério Público apurou, durante investigações, que o esquema de corrupção causou um prejuízo estimado de R$ 615 milhões aos cofres públicos em três estados, só em São Paulo seriam 11 cidades. Isso inclui os contratos públicos da Sanasa, em Campinas.

Os lobistas Maurício Manduca e Emerson de Oliveira, que também negociaram contratos com a prefeitura foram convocados para prestar depoimentos. Além deles, outros dois nomes estão na lista: a esposa de Emerson, Karla de Oliveira e o operador José Luis Cortizas Pena.

O processo que será analisado pela Justiça é resultante da investigação do Gaeco e da Corregedoria da Polícia Civil, que em setembro de 2010 prendeu oito pessoas, acusadas em fraudar licitações em São Paulo, Minas Gerais e Tocantins. No Estado de São Paulo, os suspeiros operavam em Campinas, Indaiatuba e Hortolândia.



As investigações apontam que o esquema era liderado por Cepera, proprietário e administrador oculto de seis empresas, que estão em nome de laranjas. Além do empresário, os diretores e gerentes de suas empresas, Lúcio de Souza Dutra e Wilson Vitorino, os lobistas Manduca, Emerson e a esposa Karla, dois policiais civis de Campinas foram presos.

Na denúncia feita à Justiça, o MP retirou o nome dos dois policiais civis que passaram a ser testemunhas, e incluiu o nome de outros 2 funcionários de Cepera — Natanael Cruvinel de Souza e José Luís Cortizas Pena–, totalizando oito pessoas denunciadas pelos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

A fraude envolvia o pagamento de propinas para beneficiar empresas que venciam as licitações. A operação teve que ser antecipada porque os envolvidos descobriram que estavam sendo investigados. Documentos sigilosos foram roubados e um agente federal foi encontrado morto em dezembro de 2010. Ele participava das investigações e foi apontado como suspeito pelo roubo e vazamento de informações.

Em Campinas, a Sanasa foi apontada como um dos principais contratantes das empresas investigadas, entre elas a Infratec, Pluriserv e Lótus, todas de José Carlos Cepera.





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