Campinas: aditamentos aumentam gastos

A crise política os contratos fechados com erros de projeto durante o Governo Hélio de Oliveira Santos (PDT) estão fazendo com que as contas da Prefeitura de Campinas aumentem, e muito. Algumas obras, como o Teatro Castro Mendes, atrasaram mais de um ano. Este teve acréscimo de R$ 2,5 milhões em modificações – mais de 35% acima do orçamento inicial.

O teatro tinha previsão para ser reformado e estar pronto em agosto do ano passado, mas o local continua em reforma quase um ano depois. O valor inicial orçado era de R$ 7 milhões, mas mudanças no projeto no decorrer da execução foram necessárias, de acordo com a prefeitura de Campinas. Observou-se no local uma necessidade de reforma nas colunas, já que o prédio é antigo, para torná-lo acessível, além de mexer nas galerias. Outro serviço que se mostrou necessário foi a contratação de empresa especializada para a colocação da iluminação do palco. Desse modo, houve um pedido de aditamento, que foi aprovado, no valor de R$ 2,5 milhões. Houve também mudança no prazo, que passou para novembro de 2012.

Na área da saúde não é diferente. De acordo com o ‘Diário Oficial’, aditamentos nas obras de Centros de Saúde da cidade – Jardim Campo Belo, Vila União, Jardim Rossim, Jardim Santa Rosa e Jardim Fernanda – foram de 6,9% sobre o valor total da obra e outros 11,5% sobre o valor de um aditamento já aprovado por mudanças no projeto. No total, um gasto de R$ 237 mil a mais para os cofres do município.



O PS Metropolitano também entra nessa conta. Com mudanças a serem feitas no projeto, que inicialmente previa um gasto de R$ 6 milhões, com verba do governo do Estado, teve que passar por alteração no método de construção. Modificações na parte hidráulica e elétricas, por exemplo, exigiram reformulação no contrato e uma nova licitação deve ser aberta para retomar as obras, que, inicialmente, deveriam ser concluídas no meio deste ano. A prefeitura conseguiu um valor de R$ 3 milhões de aporte para custear as modificações. Mesmo a verba vinda do governo, existe a contrapartida, que é de aproximadamente 10%, ou seja, valor excedente que irá gerar mais custo.

Segundo Mauro Aranha, diretor administrativo da Secretaria da Saúde de Campinas, há algum tempo a fiscalização dos projetos tem sido mais rígida. Ele afirma que, com mais profissionais contratados, é possível ter mais rigidez antes do projeto ser aprovado, o que reduz, posteriormente, o custo de aditamentos. Mauro ainda lembrou que muitos aditamentos são feitos também, por correções da inflação.

Tudo parado

O Cear (Centro Esportivo de Alto Rendimento) está com as obras do ginásio paradas. Isso porque modificações no projeto tiveram de ser feitas por erros anteriores no que diz respeito a fundação. A prefeitura recebeu na última sexta-feira uma verba federal de R$ 35 milhões, dos quais R$ 28 milhões serão destinados a investir no centro.

As obras da Maria-Fumaça também aguardam prosseguimento, já que dependem de modificação no projeto.

Fonte: BandNews





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