Campinas: camelôs desafiam Gaeco e prefeitura

A operação do Gaeco – braço do Ministério Público que investiga o crime organizado – nessa quinta-feira no camelódromo da Rua Álvares Machado, no centro de Campinas, comprovou que parte dos camelôs continua comercializando produtos pirateados e contrabandeados.

A blitz, que teve o apoio da Guarda Municipal, vistoriou várias bancas e apreendeu 10 mil pares de tênis sem nota fiscal. A comercialização de produtos sem a comprovação de origem desafia o Gaeco, que, no ano passado, enviou à Prefeitura da cidade Campinas um pedido para que o Executivo fechasse o camelódromo central para evitar a comercialização de produtos irregulares e, que poderiam alimentar financeiramente o crime organizado.

Na época, os ambulantes protestaram e a prefeitura e o Gaeco decidiram encontrar uma saída conjunta para o problema com os ambulantes. A solução foi formalizá-los e transferi-los para um prédio no complexo ferroviário, no centro. O promotor do Gaeco Ricardo Schade, que acompanhou a operação, disse que não iria comentar o caso.



A presidente do sindicato da categoria, Maria José Salles, disse que a entidade sindical tem orientado a categoria a só vender produtos com notas fiscais. “Mas este produto não é roubado, foi comprado pelo empreendedor. Agora não somos mais camelôs e sim empreendedores”, disse a sindicalista.

A nota porém, não foi apresentada durante a fiscalização da Setec – empresa responsável pela gestão do solo público. “Agora vai depender da perícia”, disse Maria José. A prefeitura informou que ainda não tem data para entregar o novo galpão aos camelôs, já que o prédio precisa ser reformado.

O Executivo ressaltou ainda está negociando com os dois sindicatos que representam a categoria quais devem ser os critérios para a escolha dos informais que irão para o novo prédio. A transferência dos camelôs será feita em 120 dias, de acordo com a prefeitura de Campinas.

Fonte: BandNews





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