A greve dos instrutores e funcionários de autoescolas na cidade de Campinas irá prejudicar aproximadamente 1,6 mil alunos nesta quinta-feira (9), segundo dia de paralisação de aulas e exames práticos na cidade. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Autoescolas de Campinas, todas as 63 autoescolas aderiram ao movimento.
“Amanhã (quinta-feira) seria um dia de grande movimento, porque é o dia de exames de autoescolas grandes. Se hoje (quarta-feira) foram 450 sem fazer os exames, amanhã seriam uns 600. E o número de aulas é ainda maior. Não há uma estatística, mas certamente passa de mil alunos por dia”, diz o presidente do sindicato, Laércio Pinhel da Silva.
Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 19%, aumento de R$ 10 no vale alimentação, convênio médico gratuito, participação nos lucros e prêmio por tempo de trabalho. O salário atual é de R$ 1.431,00. Uma audiência de conciliação está marcada para esta quinta-feira (9) à tarde, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em Campinas. O movimento de greve começou há duas semanas em Sorocaba (SP) e os trabalhadores ainda não retornaram ao trabalho na cidade.
Segundo o sindicato, os alunos terão direito à remarcação dos exames práticos, sem o pagamento de taxas. As autoescolas deveriam informar os alunos sobre a greve, mas o próprio presidente do sindicato admite que nem todas fazem isso.
“Por obrigação, as autoescolas têm que avisar que não vai haver aulas ou exames, mas 70% são picaretas e vão deixar os alunos lá que nem idiota, parecendo bobo”.
Nesta quarta-feira, primeiro dia de greve efetiva em Campinas – o movimento foi deflagrado na terça-feira à noite, 450 alunos ficaram sem os exames. Sobraram reclamações.
“Cheguei e não tinha ninguém aqui, liguei na autoescola e me avisaram (da greve). É uma palhaçada, ninguém avisou nada pra gente”, contou a auxiliar de produção Talita dos Santos de Oliveira.
Fonte: G1