Abraço coletivo marca protesto por melhorias em escola de Campinas

Um abraço coletivo organizado pelos estudantes da Escola Carlos Gomes, no Centro de Campinas (SP), na manhã desta quarta-feira (10), marcou o protesto contra as más condições de conservação do prédio. Segundo a Polícia Militar, 300 pessoas participaram da manifestação, entre alunos e professores. A PM e agentes da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) acompanharam o ato e não houve registro de tumulto.

A manifestação iniciou por volta das 10h e os participantes chegaram a ocupar uma faixa da Avenida Anchieta, que fica em frente a unidade de ensino. O movimento durou cerca de 40 minutos e foi finalizado após intervenção da diretora, que solicitou a entrada dos estudantes para dentro da escola.

Os alunos que participaram da ação afirmaram que se reuniram via redes sociais para fazer o protesto. Entre os pedidos solicitados estão maior agilidade para o início das reformas no piso, banheiro e das instalações elétricas das salas de aula. Eles já tinham denunciado a situação precária anteriormente sobre infiltração em salas, improvisação feita no refeitório, vidros quebrados e paredes com as pinturas descascadas. Ainda de acordo com os estudantes, durante esta manhã eles estavam liberados das aulas por causa de uma reunião dos docentes, que já prevista no programa de ensino.

Um processo de licitação com verba de R$ 4,5 milhões foi aberto no dia 4 pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação para contratar uma empresa que irá fazer a restauração da escola. O processo de licitação para a escolha da empresa que vai fazer o restauro no prédio deve durar três meses. Assim que a obra começar, as obras devem ser concluídas em pelo menos um ano. O prédio de 110 anos é tombado pelos conselhos estadual e municipal de Defesa do Patrimônio Cultural e Histórico.



Revoltados
Os alunos que fizeram o protesto nesta manhã estão revoltados com a condição da escola. A estudante Hyngrid Ladeia, de 16 anos, afirmou que já caiu em um buraco dentro da sala de aula. “Como você pode estudar em uma sala que tem um buraco. Está insustentável, eu quase quebrei meu pé, precisamos urgente de uma reforma”, disse a aluna, que foi uma das organizadoras do protesto.

Já Graziele Pinheiro de Campos disse que o problema não pode se resumir apenas aos alunos da escola, porque a unidade de ensino é um patrimônio histórico da cidade. “Essa escola é um cartão postal da cidade. É um patrimônio de cada morador de Campinas, ela existe desde 1903, todo morador da cidade deveria estar preocupado”, desabafou. “É o nome de Carlos Gomes que está passando por essa situação”, disse Karla Queiroz.

Reforma na cidade de Campinas

A diretora da unidade foi procurada  mas preferiu não se manifestar.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou, por meio de nota, que a Fundação para o Desenvolvimento da Educação deu início ao processo de licitação para a contratação da empresa que fará o restauro e reforma da Escola Carlos Gomes. A previsão é de que as obras tenham início até setembro.

Segundo a assessoria da pasta, o investimento será de R$ 4,6 milhões e, até que a reforma seja executada, o Sistema Integrado de Manutenção realizará limpeza de calhas e revisão de rufos em caráter emergencial.

Fonte: G1





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