Atendimento a mulheres vítimas da violência em Campinas aumenta 130% em 7 anos

A procura por tratamento a mulheres vítimas de violência sexual aumentou 130% no Caism (Centro de Atenção Integral à Saude da Mulher) da Unicamp, em sete anos, segundo pesquisa coordenada pelo ginecologista Carlos Tadayuki Oshikata, da PUC-Campinas e da Unicamp.

Segundo o levantamento, em 2003, 30% das mulheres vítimas de violência sexual aderiam ao tratamento médico oferecido pelo Caism e, em 2010, pelo menos 70% das vítimas procuraram atendimento.

O trabalho do pesquisador revelou também um aumento das denúncias feitas por essas mulheres que, além do auxílio médico, procuram a polícia. O medo de se expor e também do agressor sempre foram apontados como os principais motivos a impedir que as mulheres procurassem os canais de denúncias, mas o acesso a informações sobre direitos levou a um crescimento pela procura dos serviços.



A orientação é que as mulheres procurem os serviços disponíveis até 72 horas após a agressão, para começarem o tratamento. As vítimas têm direito a medicamentos gratuitos como a pílula do dia seguinte, para evitar uma gravidez indesejada, e o coquetel anti-Aids que previne doenças sexualmente transmissíveis.

Na avaliação do diretor do Caism, Oswaldo Rocha Grassiotto, os números revelam que as mulheres estão quebrando o silêncio traumático, mas são necessários mais centros especializados para este tipo de atendimento.

A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo informou que estuda a criação de novos serviços de atendimento às vítimas de violência sexual e doméstica. O estudo começou este ano e quer identificar as necessidades de cada região do Estado.

Fonte: EpCampinas





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