Bancários de Campinas discutem fim da greve após proposta da Fenaban

O sindicato dos funcionários de bancos públicos e privados na região de Campinas (SP) discute em assembleia marcada para esta quarta-feira (26), às 18h30, o fim da greve que completa oito dias. A orientação partiu da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), após a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) elevar a 7,5% a proposta de reajuste dos salários dos trabalhadores. A categoria reivindica aumento de 10,25%.

A proposta da federação também prevê aumento de 8,5% no piso salarial e no valor dos auxílios-refeição e alimentação; e uma alta de 10% na parcela fixa da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).  A orientação do comando de greve é de que os sindicatos aceitem a nova proposta.

Balanço
Nesta terça-feira, Campinas ficou com metade das 274 agências fechadas, segundo balanço divulgado pelo sindicato. O valor é 48,3% superior à quantidade de unidades indisponíveis no primeiro dia da manifestação.

No total, 237 postos bancários ficaram indisponíveis em 26 municípios da região, sendo que 55,6% são do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. A adesão, de acordo com a entidade, corresponde a 50,4% dos 10,7 mil funcionários. No primeiro dia de manifestação, a greve registrou participação de 28,5% dos trabalhadores.



Reivindicações dos bancários
Entre as reivindicações estão o reajuste de 10,25% nos salários (aumento real de 5%), uma participação nos resultados equivalente a três salários mais R$ 4.961,25 fixos, piso salarial de R$ 2.416,38, criação do 13º auxílio-refeição e aumento dos benefícios já existentes para R$ 622, fim da rotatividade e das metas “abusivas”, melhores condições de saúde e trabalho e mais segurança nas agências.

Negociação
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lamenta a greve e diz que apresentou uma proposta de reajuste salarial de 6%, aumento no auxílio-refeição, cesta alimentação e auxílio-creche para funcionários cujo filho tenha 6 anos. Além disso, reitera que aguarda uma negociação com a categoria para fechamento de um acordo. A instituição não divulgou balanço sobre a greve na região, até a publicação da reportagem.

O Procon lançou uma cartilha para orientar os correntistas a não serem lesados pelo fechamento das agências, uma vez que o consumidor não fica dispensado de pagar faturas, boletos bancários ou qualquer outra cobrança. A empresa credora ou concessionária de serviço deve oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam feitos, segundo a entidade.

Fonte: G1 





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