Campinas discute parcerias para recuperar Centro de Convivência

A Secretaria de Cultura marcou para a primeira quinzena de novembro uma audiência pública para discutir a parceria entre recursos públicos e privados para recuperar o Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes, no bairro Cambuí, em Campinas (SP). O projeto irá custar R$ 50 milhões, segundo estimativa da prefeitura de Campinas, valor superior aos recursos destinados para a pasta neste ano, avaliado em R$ 46 milhões. O local está fechado há 8 meses e foi interditado por causa dos riscos por conta da estrutura precária.

A ideia de investimentos dos mecenas (patrocinadores) já foi avaliada pela secretaria para a reabertura do espaço cultural, mas não saiu do papel apesar de várias reuniões. O impasse ainda deve se arrastar até que a próxima administração tome posse.

A prefeitura chegou a gastar neste ano R$ 100 mil para reabrir o espaço por 40 dias com uma programação reduzida em janeiro. Com a mudança na prefeitura, quando Pedro Serafim Júnior (PDT) assumiu o governo em dezembro, o secretário de Comunicação, Wilson José, afirmou que resolveria o caso “em curto espaço de tempo”. Mas desde fevereiro, quando voltou a fechar as portas, o teatro segue sem perspectiva de reabertura.



No entanto, segundo a secretária de Cultura, Renata Sunega, o encontro pretende reunir propostas de moradores, empresários e empreendedores culturais para discutir diretrizes do projeto para custear os reparos elétricos e estruturais, além de analisar as possíveis contrapartidas das iniciativas privadas para o complexo cultural. “Será feito um levantamento e a intenção é que o prefeito que vai assumir tenha uma ferramenta para captar recurso para a recuperação”, explica. Para Renata, os recursos retirando os gastos com a folha de pagamento dos funcionários é de R$ 15 milhões e são considerados insuficientes para o custeio da reforma.

Mesmo com a situação de abandono, a área externa é um dos pontos da região central mais frequentado tanto de dia quanto a noite, como passeio para os moradores. O local possui rede de internet grátis, tem feiras de artesanato, manifestações culturais e área para caminhada.

O centro também é um patrimônio histórico tombado e não pode ser demolido. Além disso, as possíveis intervenções devem respeitar a concepção arquitetônica do projeto da área.

Propostas
Durante a campanha, o prefeito eleito, Jonas Donizette (PSB), afirmou que dentro do plano de governo está previsto a recuperação do teatro.”A cultura é muito importante, nós vamos tornar o conselho deliberativo. Além disso, queremos tornar Campinas a capital cultural do estado”, disse.

Fonte: G1





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