O empresário Emerson de Oliveira se entregou para a Corregedoria da Polícia Civil no início da tarde desta segunda-feira (30) em Louveira, em Encontra Campinas. Ele era considerado foragido da Justiça porque não foi preso durante a operação da polícia no dia 20, quando foram cumprindos 20 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão.
De acordo com o delegado corregedor da Policia Civil, Roveraldo Battaglini, ocorreu um contato da parte do advogado do Emerson com a polícia, dizendo do interesse dele em se apresentar a Justiça. “Foi marcado um ponto de encontro onde a equipe policial compareceu e prontamente ele se colocou a disposição, em um restaurante”, afirma.
O advogado de Emerson de Oliveira, Leo Chagas, explicou que o cliente não apresentou antes porque não estava em Campinas e soube do mandado de prisão apenas pela imprensa. Assim, a possibilidade da prisão temporária passar para preventiva, ou seja, até o fim das investigações, é que convenceu o empresário a se entregar para a polícia.
Oliveira foi levado até o prédio da corregedoria, no centro de Campinas, e depois para o Ministério Público, onde é ouvido pelos promotores que investigam um suposto esquema de fraude em contratos de licitação firmados em Campinas. De acordo com o delegado, após o depoimento, ele vai para a carceragem anexa ao 2° Distrito Policial até que ocorra alguma outra determinação judicial.
O esquema
De acordo com documentos recebidos pela EPTV, a Sanasa fechou acordos com as empresas Lotus, Hidrax e Infratec entre 2006 e 2009, mas há a suspeita de que, para garantir essas parcerias, algumas pessoas teriam recebido um valor extra por fora. Fariam parte do esquema os lobistas Emerson de Oliveira e Maurício de Paulo Manduca, o então presidente da Sanasa, Luiz Aquino, e a chefe de Gabinete e primeira-dama, Rosely Nassin Santos.
Fonte: EpCampinas