Campinas: Saúde confirma 7 novos casos de Leishmaniose Visceral Canina

A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou nesta sexta-feira (17) sete novos casos de Leishmaniose Visceral Canina (LV) em um bairro entre os distritos de Sousas e Joaquim Egídio, na região Leste da cidade.

Com as novas ocorrências, Campinas registra dez casos positivos desde o final de 2009. Para agravar ainda mais a situação, todos os casos são de animais infectados na cidade. Os três primeiros cães infectados apresentaram sinais da doença e morreram. Este é o primeiro caso de foco autóctone de Leishmaniose Visceral Canina registrado na cidade.

A Leishmaniose Visceral é uma zoonose que pode afetar o homem. Duzentas pessoas morrem por ano no Brasil. Ela é transmitida pelo mosquito Lutzomyia longipalpis, popularmente conhecido como “mosquito palha” ou “birigui”. Segundo os médicos, o mosquito pica o animal infectado e ao picar o homem transmite a doença.

A Leishmaniose acomete vísceras, como o fígado e o baço. Também pode ocasionar aumento de volume abdominal e levar o homem à morte, caso não seja tratada. Os sintomas em humanos são; febre e aumento do volume do fígado e baço, emagrecimento, complicações cardíacas e circulatórias, desânimo, prostração, apatia e palidez.



Pode ocorrer tosse, diarréia, respiração acelerada, hemorragias e sinais de infecções associadas.

Moradores do condomínio onde os novos casos foram registrados foram informados na quarta-feira (15) sobre a situação.

Foi solicitado que eles informem sobre animais com sintomas sugestivos ou que venham a morrer na comunidade. A cada seis meses vem sendo feito inquérito sorológico em cães do condomínio. Também tem sido feita a eliminação dos cães reagentes. Equipes da Vigilância em Saúde e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) estão desde o final de 2009 intensificando ações para investigar e frear os casos da doença.

A Saúde também alerta sobre a possibilidade da doença se alastrar para outros pontos da cidade. “Vamos promover levantamento entomológico em outras áreas do município e capacitar equipes médicas ”, disse a enfermeira sanitarista Maria Filomena Gouveia Vilela.

Fonte: EpCampinas





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