Campinas: Saúde reduz atendimento a pacientes de leucemia no HC-Unicamp

A portaria do Ministério da Saúde que limita em até 15% por instituição de saúde a porcentagem de pacientes com leucemia mielóide crônica (LMC) que podem receber o medicamento de segunda linha vai reduzir o número de portadores da doença atendidos pelo Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp (Universidade Estadual da cidade de Campinas).

A leucemia mielóide crônica aumenta a produção de glóbulos brancos, prejudica o funcionamento de diversos órgãos, como baço e fígado, e em muitos casos pode levar à morte. O Nilotinibe é um dos medicamentos incluídos no grupo denominado de segunda linha, ou seja, a segunda opção de tratamento para a doença.

Além da eficiência no tratamento de alguns pacientes, a diferença também está no preço, já que um mês de tratamento com essa substância custa cerca de R$ 7 mil, quase o dobro dos medicamentos da primeira linha.



Quem paga o tratamento é o SUS (Sistema Único de Saúde), que limitou a distribuição dos medicamentos de segunda linha a 15% dos pacientes de LMC atendidos por instituição, por que, segundo o Ministério da Saúde, essa é a parcela de pacientes que realmente precisam do medicamento, baseado em estatísticas mundiais.

Segundo o coordenador do Hemocentro da Unicamp, Carmino de Souza, 40 pacientes do HC da Unicamp usam os medicamentos de segunda linha atualmente, que representam 27% do total. Com a limitação, 15 deles não terão o tratamento pago pelo SUS.

Representantes do Ministério da Saúde estão no HC para fazer um levantamento dos pacientes que precisam do remédio. O ministério defende que está revisando a distribuição do medicamento, sem interferir no atendimento dos pacientes. Em nota, o ministério afirma que os hospitais tiveram quatro meses para se adaptar à norma.

Fonte: EpCampinas





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