Campinas tem 5 mil famílias vivendo em áreas de risco de enchentes ?

A Prefeitura de Encontra Campinas decidiu antecipar o início da Operação Verão 2011/2012 este ano e vai dar início às ações preventivas para a temporada de chuvas no dia 1º de novembro. Tradicionalmente, os trabalhos começavam no início de dezembro. O principal vilão das enchentes, segundo a Defesa Civil, é o descarte irregular de lixo. A cidade tem 75 áreas de risco monitoradas pelo órgão. Cerca de 8 mil famílias que vivem em situação de vulnerabilidade no município, e deste número ao menos 5 mil é por causa das enchentes, de acordo com a Secretaria Municipal de Habitação.

A operação passada, entre dezembro de 2010 e março deste ano, fechou balanço com 346 casas interditadas por estarem comprometidas, além de outras 359 casas demolidas preventivamente. No período, a Defesa Civil atendeu 1.720 ocorrências. Durante o ano, a Defesa Civil visitou 20 mil famílias para trabalho de conscientização.

Os detalhes da Operação Verão 2011/2012 não foram divulgados pela assessoria de imprensa da prefeitura. O secretário de Habitação, Ângelo Barreto, disse que somente nesta semana vai se reunir com agentes da pasta para traçar os planos. A Secretaria de Serviços Públicos informou apenas que a limpeza de galerias pluviais e de bocas de lobo deve ser intensificada antes da temporada de chuvas. Os pontos que tem histórico de alagamento também serão monitorados.

Obras de macrodrenagem, como a readequação do córrego Serafim, que corta a Avenida Orosimbo Maia, além da construção de novas pontes e galerias, aguardam liberação de recurso do Governo Federal para serem executadas.

Região

No final de 2009 as chuvas de verão castigaram a cidade de Capivari e muitas famílias perderam as casas nas enchentes. Na época cerca de 4 mil pessoas tiveram que deixar as residências e foram para abrigos municipais, como ginásios, escolas e albergues disponibilizados pela prefeitura e até mesmo para casas de parentes e amigos.



A cidade registrou 17 pontos de alagamentos. Os bairros mais atingidos foram Moreto e Vila Balan, além do Jardim Elisa, Centro, Nova Aparecida, Padovani, Ribeirão, Rossi, Pão de Açúcar, Jardim São Pedro, Bosque dos Pinheiros, Juventus e São João. O abastecimento de água chegou a ser interrompido em parte do centro e no bairro Rossi por conta do rompimento de uma adutora.

A situação se agravou quando a barragem da represa da Usina Santa Cruz teve um rompimento parcial por causa das fortes chuvas que aumentaram o volume de água. A cidade teve situação de emergência decretada pelo Estado e o nível do rio Capivari que é 80 centímetros, chegou a ficar com 3 metros.

Em novembro de 2010, as 323 famílias que sofreram com as chuvas foram encaminhadas para o Núcleo Habitacional Santa Teresa D’Avila. As casas que estavam sendo construídas no núcleo iriam ser distribuídas no programa habitacional da cidade, mas devido à necessidade das famílias que ficaram desabrigadas foram totalmente entregues para as vitimas das enchentes. De acordo com a prefeitura as obras pela cidade continuaram e com recursos Estaduais, Federais e Municipais houve canalização e desassoreamento em trechos de córregos, construção de pontes e compra de terreno para construção de novas moradias já pensando em retirar as famílias que sobraram nas áreas de risco. Os investimentos no município chegaram à R$ 33,6 milhões em menos de dois anos.

Apesar das obras de prevenção na cidade, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura ainda há pelo menos cinco pontos de risco alagamento na cidade, mas todos são devidos à localização e topografia do terreno.

Fonte: EpCampinas





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