Campinas registra média de duas armas de fogo apreendidas por dia, de acordo com levantamento da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SP). No primeiro semestre deste ano, 328 itens foram recuperados e encaminhados para análises do Instituto de Criminalística (IC).
Para o delegado assistente da Seccional, Oswaldo Diez Jr., os números indicam que a atividade policial está presente no município e a maioria das armas são de calibres permitidos.
“Elas chegaram nas mãos dos bandidos, muitas vezes em um crime que aconteceu antecedente. Já o armamento pesado utilizado pelas grandes quadrilhas, muitas vezes de uso exclusivo do Exército, na sua grande maioria veio de fora do país”, explicou. Após análise do IC, as armas são devolvidas às delegacias, antes de ficarem à disposição da Justiça e, posteriormente, serem destruídas.
Necessidade de mudança
De acordo com a SSP, a cidade somou sete casos de latrocínio, sete roubos a bancos e 2,4 mil roubos de veículos entre janeiro e junho deste ano. Para o consultor em segurança Antônio Fernando Galasso, a atuação da polícia deve ser ampliada. “Apreensão das armas ilegais e a prisão dos portadoreas são importantes para que você faça um mapeamento do crime, como se faz em Nova Iorque. Tem que haver um controle forte”, ressaltou.
A técnica química Silviane Oliveira alega que o número de apreensões não leva sensação de segurança à população. “Não me deixa tranquila, porque acho que existe muito mais que estão por aí”. Já o agente técnico Antônio Gouveia, acredita que não há número suficiente de policiais nas ruas do município. “Precisa ser mais ostensiva, está muito pouca”, criticou.
Por meio de assessoria, a Polícia Militar afirmou que realiza patrulhamentos nas áreas onde foram registrados os maiores índices de criminalidade. Além disso, reiterou a intenção de elevar o número de apreensões e prisões para coibir os delitos.
Fonte: G1