Moradores de edifícios do Cambuí são vítimas de onda de assaltos durante o dia em Campinas

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A cena é cada vez mais comum em guia da cidade Campinas: moradores de edifícios residenciais no bairro Cambuí e na região do Centro estão sendo surpreendidos por uma onda de assaltos que tem acontecido durante o dia, inclusive na parte da manhã. Os ladrões não escolhem os imóveis pelo padrão e nem pela localização, mas pela falhas na segurança. Até os ocupantes de imóveis com apenas um dormitório têm sido vítimas da ação dos bandidos.

Barba, cabelo e bigode 2

Duas características têm chamado atenção nesse tipo de ação, A primeira é que os bandidos levam principalmente jóias, fáceis de serem transformadas em dinheiro vivo em questão de horas. Eletrodomésticos de pequeno porte e aparelhos de celular, além de dinheiro vivo e cartões de crédito, também estão sendo levados. A outra é mais emblemática: em pelo menos dois casos, os assaltantes usavam gravatas, uma espécie de “disfarce” que tem ajudado a “abrir as portas” e ganhar a confiança de porteiros e empregados domésticos que são abordados ainda nas calçadas.

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O surpreendente é o tempo recorde que as ações são cometidas. Segundo uma moradora da região do Centro de Convivência, no coração do bairro, ela estava entrando em casa, no sétimo andar de um prédio de alto padrão, quando foi surpreendida por dois homens bem vestidos. A ação não levou mais que cinco minutos, mas o prejuízo foi enorme: coisa de R$ 300 mil em jóias, inclusive as peças das duas filhas do casal, que achavam o apartamento dos pais mais seguro do que as respectivas casas em condomínio em que vivem.

Ouro puro

Decididamente, o tal dragão da inflação tem recebido ajuda que baste para atormentar a vida do consumidor, que fica perdido diante de tantas diferenças de preços entre os supermercados. Se a compra incluir pratos prontos, vira coisa de doido que até pode tentar, mais jamais vai fechar a conta: uma caponata de berinjelas, clássico italiano, obrigatório na mesa de antepastos das cantinas, custa quase nada quando feio em casa, mas o preço do produto pronto, na casa dos R$ 90,00 o quilo, sugere que as berinjelas vieram diretamente do paraíso e que as cebolas foram descascadas por Apicius em pessoa.

Fim de festa 1



Boa parte do meio político paulista ainda não digeriu o escândalo envolvendo a prefeitura de Campinas – sobretudo, antigos aliados de carteirinha do prefeito Hélio de Oliveira Santos. Mas é certo que as denúncias ainda causarão ainda mais estragos na carreira do político e de todos os envolvidos. Ou, como disse um político campineiro, atualmente fora do poder: “O caminho escolhido não tem placa de retorno. Daqui para frente, tudo vai ficar cada vez mais difícil”

Fim de festa 2

Exemplo: todo o apoio que o prefeito esperava para sair candidato nas próximas eleições – cogitava-se o senado e até mesmo o governo paulista, como candidato, ou vice em alguma coligação – “virou fumaça”, garantiu uma das lideranças políticas do estado, que até disse ter “apreço pelo ser humano”, mas que não há como defender o político diante de tantas denúncias.

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“O espanto não é apenas pelas denúncias feitas pelo Ministério Público e divulgadas na imprensa, mas também pelo fato do prefeito ser bastante querido por uma expressiva parcela dos moradores de Campinas e da região, um capital político importante demais, mas que virou poeira em menos de 24 horas”, assegura um dos mais importantes caciques da política paulista.

Fim de festa 4

E continua: “Vai ser difícil fazer as coisas voltarem a ser como eram antes: mesmo que o prefeito e sua equipe escapem de todas as denúncias, o nome de Hélio estará sempre encoberto por uma sombra de corrupção, e nada pode ser mais terrível para um político do que essa sombra que, no caso do prefeito, tem uma dimensão jamais vista em Campinas”.

O nome oculto 1

Existe um nome que praticamente não apareceu no escândalo. Mas quem conhece os bastidores da política e o histórico dos últimos oito anos do poder público municipal, garante que um empresário local, do setor de serviços, sabe mais do que todos os envolvidos, além de ser, segundo se comenta, “unha e carne” com Hélio de Oliveira Santos.

O nome oculto 2

Mas é bem possível que ele continue oculto – muito embora a família do mesmo, sem a presença do próprio, ocupasse, no último domingo (12), uma mesa em um dos restaurantes mais conhecidos da cidade. O “homem-chave”, como está sendo chamado por quem também sabe do envolvimento, está em férias – beeem longe do Brasil.

Fonte: EpCampinas





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