MP liga amigo de Lula a ‘mensalinho’ em Campinas (SP)

Relatório de 408 páginas sobre suposto esquema de corrupção e mensalinho na Prefeitura de Campinas (SP) agita o PT.

O documento feito por quatro promotores do Gaeco, núcleo do Ministério Público que combate o crime organizado, sustenta ordem judicial de prisão contra 20 suspeitos – entre eles o vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT), foragido desde sexta feira (20) -, e cita como alvo da investigação o pecuarista e empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem é anfitrião em momentos de lazer.

Apontado como elo da empreiteira Constran com diretores da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa), empresa responsável pelo planejamento, execução e operação dos serviços de água e esgoto da cidade, Bumlai teria admitido a possibilidade de fazer delação premiada para “proteger Lula”.

Lula é próximo também do prefeito Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio (PDT), seu aliado nas campanhas de 2002 e 2006 e apoiador de Dilma Rousseff em 2010.

A mulher do prefeito, Rosely Nassim, está na mira da promotoria. A investigação a coloca no topo da suposta organização criminosa. A primeira-dama, chefe de gabinete do marido, não foi presa porque um habeas corpus a livrou liminarmente de “medida coercitiva”.



O advogado de Bumlai, Mário Sérgio Duarte Garcia, nega taxativamente ligação do empresário com propinas em Campinas.

Guilherme Bumlai, filho do empresário, afirmou que seu pai nunca pensou em fazer delação premiada.

– Nunca houve cogitação, é a primeira vez que estou ouvindo isso.

A operação

Os 11 presos na operação contra fraudes em contratos públicos na sexta-feira (20), em Campinas, Jundiaí, Jaguariúna e Vinhedo, prestaram depoimentos ao MP (Ministério Público) nesta segunda-feira (23), em Campinas, interior de São Paulo, segundo confirmou a assessoria de imprensa do MP.

A ação começou na madruga desta sexta-feira (20) e foi resultado de investigações que começaram no ano passado.

De acordo com o TJ (Tribunal de Justiça) de SP, entre os acusados estão o vice-prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra, o secretário de Segurança, Carlos Henrique Pinto, e o secretário de Comunicação, Francisco de Lagos.

Na sexta-feira (20), a primeira-dama de Campinas, Rosely Nassim, obteve habeas corpus no TJ de São Paulo por estar entre os investigados pelo suposto esquema de fraudes em licitações da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A), companhia de Campinas.

Fonte: R7





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