PF prende empresário que vendia artigos ortopédicos em Campinas

Polícia Federal prendeu em flagrante o empresário de 43 anos, A.J.C., que é sócio administrador da empresa ADJ INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE FIXADORES ORTOPÉDICOS E IMPLANTES LTDA., no Jardim das Bandeiras II, em guia da cidade Campinas, que mantinha em estoque, para venda, produtos para implante ortopédico que não tinham registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Em abril deste ano, parafusos ortopédicos dessa empresa foram apreendidos durante uma fiscalização da Polícia Federal e da Anvisa. Assim, este mês, outras duas vistorias foram feitas em empresas na região de Campinas, sendo que apenas na ADJ INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE FIXADORES ORTOPÉDICOS E IMPLANTES LTDA., foram encontrados produtos irregulares. No local, também foi encontrado um livro com registro de vendas com e sem nota desses e de outros produtos.

O responsável pela empresa alegou que os parafusos foram trazidos para a empresa por um equatoriano, que propôs a atuação da empresa para a homologação e comercialização. A.J.C. disse que recusou a proposta e solicitou que esse homem recolhesse os produtos trazidos, fato que até então não havia ocorrido.



Consequências

A.J.C. responderá pelo crime do artigo 273 do Código Penal (Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais) e, se condenado, está sujeito a penas que variam de 10 a 15 anos de reclusão, e multa.

A agência explica que a utilização de produtos inadequados para implantes ortopédicos pode provocar metalose, que é o desgaste da prótese dentro do organismo humano, e que pode, por sua vez, causar necrose de tecidos do local em que a prótese foi implantada.

Metalose foi o nome escolhido pela Polícia Federal para uma operação realizada em outubro de 2007, com a participação da Anvisa. Na época, os policiais federais passaram por quatro estados para coibir a adulteração e a fabricação de próteses ortopédicas.

A prisão aconteceu na noite da quarta-feira (6). O preso foi recolhido à Cadeia Pública do 2º distrito policial de Campinas, à disposição da Justiça Federal.

O material apreendido será analisado pela perícia, que vai apurar o grau de lesão que pode provocar.

Fonte: EpCampinas





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