Polícia de Campinas faz reconstituição de racha que matou lutador de jiu-jítsu ?

O Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil realiza na manhã desta quinta-feira (8), em guia da cidade Campinas, a reconstituição do acidente que matou o lutador de jiu-jítsu Kaio César Alvez Muniz Ribeiro, de 23 anos. Kaio voltava da casa da namorada na madrugada do dia 18 de novembro quando foi atropelado na calçada da Avenida Júlio Prestes, no Taquaral, por um carro que disputava um racha. O trabalho do IC consiste em simular a velocidade em que os carros dos empresários passaram pela Avenida Júlio Prestes. Para isso, serão usados veículos da polícia, que vão trafegar pela via em diversas velocidades, tudo isso filmado pelos peritos. A previsão é que o trabalho dure cerca de 1h.

Por causa da reconstituição, a avenida terá interdição parcial das 7h às 12h. A via ficará bloqueada entre a Rua Leonardo da Vinci e o balão da Avenida Nossa Senhora de Fátima, no Jardim Bela Vista. A Emdec (Empresa de Desenvolvimento de Campinas) orienta que os motoristas evitem o trecho. A autarquia informa que também poderá realizar interdições momentâneas na região para a ação dos peritos.

Decisão

O juiz da 2ª Vara do Júri de Campinas, Sérgio Araújo Gomes, aceitou a denúncia de homicídio doloso duplamente qualificado contra os empresários acusados pela morte. Com a decisão, os acusados vão a júri popular ao final do processo e podem ser condenados de 12 a 30 anos de prisão.



Na segunda-feira (5),o promotor de Justiça Fernando Viana ofereceu a denúncia contra Fabrício Narciso Rodrigues da Silva e Adriane Aparecida Pereira Diniz Ignácio de Souza. Eles deixaram a prisão beneficiados por uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP). A empresária ficou na cadeia feminina de Paulínia até o dia 25 de novembro e pagou a fiança de R$ 109 mil. Já o empresário saiu do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Campinas um dia depois, após pagamento de R$ 163,5 mil de fiança.

Viana explicou que “a denúncia feita, de dolo eventual, aplica-se quando o motorista assume os riscos pela sua conduta, seja de dirigir sob o efeito de alcóol ou quando está participando de corridas ilícitas em vias públicas”. O promotor afirma que após o despacho feito nesta terça-feira (6), o juiz irá designar uma data para os depoimentos das testemunhas. “Se ficar confirmado tudo aquilo que foi constatado na denúncia, eles [empresários] têm de ir a júri popular, na minha opinião”, disse.

Esperança

O pai do lutador Gilberto Lima Ribeiro ficou sabendo da aceitação da denúncia pelo EPCampinas. “Fico muito emocionado em receber essa notícia, eu tenho esperança de que a Justiça será feita desta vez e será a primeira no Brasil”, afirma.

Fonte: EpCampinas





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