Procon de Campinas elabora guia com dicas para viagens de férias

Uma via de mão dupla, com asfalto impecável, mas que nunca serviu para o trânsito de veículos. Uma larga avenida construída ao lado do Parque Linear do Capivari serviria para ligar, ao menos, as Avenidas Ruy Rodrigues e Amoreiras, mas está, há praticamente dois anos, inacabada. Poucos metros, mas uma infinidade de problemas jurídicos impedem a conclusão da obra, que desafogaria o trânsito na região e incentivaria a revitalização do local. Foram R$ 15 milhões investidos no local. Sem a presença de carros, o local serve apenas para atividades de lazer.

A via, que ainda não tem nome definido, conta atualmente com 1,5 quilômetros de extensão. Mais 200 metros seriam suficiantes para conectá-la à Avenida das Amoreiras e, mesmo de forma provisória, inaugurá-la, já que a construção cruza a Ruy Rodrigues. Para a sequência da obra, contudo, é necessário realizar desapropriações.

A construção foi prevista em lei complementar municipal de 2004, no governo Izalene Tiene (PT). Mas, desde então, enfrenta trâmites burocráticos, já que é realizada em terrenos particulares e foi custeada por empresários da região, interessados na revitalização da área e da liberação de alvarás para a ocupação do solo no entorno. “É uma parceria público-privada, de operação urbana. O jurídico da Prefeitura ainda nos dará um parecer. Não se pode inaugurar algo com risco de ser embargado”, afirma o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano de Campinasx, Ulysses Semeghini.



O projeto
O projeto inicial era para que a avenida se conectasse até a Rodovia Santos Dumont e próximo à Bandeirantes. Para que isso ocorra, seria necessário praticamente dobrar o comprimento da via e negociar com a concessionária que administra a Santos Dumont e a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). A ligação com a Bandeirantes já foi descartada.

“Ainda não está bem definido qual será o trecho. Depende de negociação com a Artesp para fazer esta ligação. Temos interesse que ocorra, seria um sistema viário importante, mas é um caminho razoavelmente complexo” diz Semeghini.

Os empresários reclamam da demora na conslusão das obras. “A bem da verdade, hoje levamos um calote da Prefeitura. A nossa parte foi feita. Pagamos R$ 15 milhões e a parte que não foi concluída depende do Executivo. Tem área de desapropriação, pendência jurídica…”, diz Laerte Quintana, um dos sete empresários da região que bancaram a construção. “A Avenida seria importante para todos, na questão de trânsito e também de dar uma cara nova ao local. Esperamos que haja uma solução” completa Maurício Mingone.

Ciclovia e pista de caminhada
Os moradores de bairros próximos, como o Jardim Capivari, utilizam o espaço para atividades de lazer. O mais comum é ver pessoas caminhando ou pedalando pela via. “Virou um elefante branco isto aqui. Serve para o pessoal fazer um esporte. Neste ponto até ficou bom” diz o motorista Rosalvo Vieira Pereira, de 44 anos.

Sem uma definição do que será feito, os únicos carros que transitam no local são os de aprendizes que fazem “aulas” de direção aos fins de semana, sem nenhum tipo de supervisão.

Fonte: G1





Deixe seu comentário