Protesto de Campinas reúne 35 mil, inicia em paz, mas acaba em conflito

Terminou com pelo menos 15 feridos o protesto que reuniu, segundo a Polícia Militar, 35 mil pessoas no Centro da Cidade de Campinas nesta quinta-feira (20). De acordo com o Samu, todos os socorridos eram guardas municipais. Outros 15 manifestantes deram entrada na Unidade de Pronto-atendimento (UPA) do Centro por conta da confusão com gás e bomba. Houve depredação na Prefeitura de Campinas e a Tropa de Choque da PM entrou em confronto com uma minoria que atirava pedra na sede do Executivo enquanto o restante do público pedia em coro por “paz”.

Os enfrentamentos começaram na escadaria do Paço Municipal, pouco tempo depois dos manifestantes andarem por ruas do Centro até chegarem à Prefeitura. Guardas municipais foram atacados com pedras e oito deles ainda estão em hospitais, segundo a Secretaria de Segurança Pública.



A Tropa de Choque da Polícia Militar interveio quando uma minoria atirava pedras nos vidros do prédio da Prefeitura, que foram destruídos. O confronto iniciou na Rua Barreto Leme e seguiu até a Avenida Anchieta, onde um grupo se ajoelhou em frente aos oficiais.

Emboscada
Os policiais chegaram a recuar, mas o confronto recomeçou. Bombas foram lançadas em grupos que revidavam com pedradas no entorno da Prefeitura. Em outro local do Centro, em frente à Catedral, estudantes relataram ter sofrido uma emboscada da PM, no momento em que protestavam pacificamente. “Fomos atacados como se fossemos terroristas”, disse o unviersitário Natan Nascimento.

Sobre os eventuais abusos da PM, o major Euclides informou que qualquer pessoa que tenha se sentido lesada pela corporação deve procurar a polícia, que se compromete a apurar as acusações. “Da parte da Polícia Militar, ela agiu conforme a lei. Da parte dos manifestantes, eles não se comportaram bem. Haja vista os resultados”, disse.

Segundo informações da UPA do Centro, a maioria das pessoas atendidas na unidade passaram mal por conta do spray de pimenta e das bombas de gás lacrimogênio. Todos já haviam sido liberados no início da madrugada de sexta-feira (21).

Fonte: G1





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