Campinas recebe 9% de financiamento em SP ?

A Caixa Econômica Federal fechou, no primeiro semestre de 2011, 11.767 contratos habitacionais, totalizando R$ 768 milhões em financiamentos, na região de Campinas. Os financiamentos com recursos da poupança através do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) foram responsáveis por R$ 348 milhões do valor contratado.

O financiamento com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) representaram R$ 376 milhões, dos quais R$ 340 milhões se referem ao financiamento da segunda versão do programa “Minha Casa, Minha Vida”, que teve início em janeiro deste ano. Completam o montante o financiamento para material de construção, que no primeiro semestre teve aporte de R$ 80 milhões contratados, apresentando um crescimento de 26% com relação ao mesmo período do ano passado. O valor do tíquete médio de financiamento na região de Campinas foi de R$ 136 mil para o SBPE e de R$ 73 mil para o FGTS.

Quando comparados o primeiro semestre de 2011 com o de 2010, houve um aumento da população beneficiada e do número de contratos, mas uma redução de 4% do valor financiado. No primeiro semestre deste ano foram 11.767 contratos, no valor de R$ 768,5 milhões beneficiando 47.769 pessoas. No primeiro semestre de 2010 foram 11.212 contratos, no valor de R$ 838,9 milhões, beneficiando 45.452 pessoas.

Para o superintendente regional da Caixa em Campinas, Paulo José Galli, o resultado obtido neste semestre é positivo. “Mostra que continuamos no ritmo de contratação do ano anterior e temos excelentes perspectivas para o segundo semestre”, disse.

Em todo o País, foram liberados R$ 34,7 bilhões para habitação, valor 3,4% superior ao do mesmo período de 2010. A Caixa registrou uma média de R$ 269,6 milhões e 3.889 contratos ao dia, em 2011, sendo que 51% das famílias beneficiadas têm renda de até 10 salários mínimos.

Na segunda versão do programa “Minha Casa,Minha Vida”, já foram realizados quase R$ 12,6 bilhões em financiamentos, no Brasil. Na região de Campinas, foram contratados R$ 340 milhões.

O gerente regional da Caixa Econômica Federal em Campinas na área de crédito imobiliário, Marcos Fontes, explicou que o decréscimo de financiamento neste semestre ocorreu em razão de os financiamentos terem sido maiores para faixas de renda mais baixas e com valores mais baixos. “Nós tivemos uma diminuição no tíquete médio, ou seja, nós pulverizamos mais. Nós aplicamos para faixas de renda menores com valores menores e isso ocorreu porque em 2010 houve financiamento à produção, principalmente com prioridade a faixa de renda mais elevada, então nós tivemos recursos do SBPE financiados para empreendimentos de valor mais elevado de avaliação, e este ano isso não aconteceu ainda, consequentemente nós fizemos mais contratos de faixas de renda menos elevadas”, explica.



Em 2009 o crédito imobiliário na região de Campinas chegou a 19.003 contratos com valor de financiamento de R$ 1 bilhão. Em 2010, foram 25.616 contratos no valor de financiamento de R$ 1,8 bilhão. A expectativa da regional da Caixa na cidade de Campinas, que atende 23 municípios, é de fechar 2011 com um valor financiado muito próximo ao que foi fechado no ano passado, R$ 1,8 bilhão. Isso se deve ao fato de que alguns fatores devem levar a essa estabilidade, pois alguns ritos de aprovação estão diferenciados. “A gente teve mudanças em ritos de aprovação em legislação ambiental, então houve uma série de fatores que vão gerar uma reprogramação das assinaturas.”

Segundo Marcos Fontes, a Caixa reconhece que no primeiro semestre existe um efeito sazonal, o que faz o maior volume de contratação se dar sempre no segundo semestre. “Essa situação deve se repetir nesse ano, principalmente pelo fato de as regras do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, especificamente, para a faixa 1, que era o antigo de zero a três salários mínimos, só saírem a partir de julho, então nós não tivemos no primeiro semestre a contratação de unidades da faixa 1 ainda. Nós tivemos um único empreendimento, que foi em Jaguariúna, com 800 unidades”, diz.

O governo federal fez uma alteração nas denominações do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Na primeira versão as faixas eram estabelecidas por faixa salarial: a faixa 1 era de zero a três salários mínimos, a faixa 2, de três a seis mínimos, e a faixa 3, de seis a dez salários mínimos. Nesta segunda versão do programa ficou estabelecido o limite de renda. Com isso a faixa 1 é de limite de renda de R$ 1,6 mil; a faixa 2, de R$ 3,2 mil, e a faixa 3, de R$ 3,2 mil.

Com relação à inadimplência dos contratos, Marcos Fontes disse que houve uma certa estabilidade na faixa de 1,7% a 2% pelo fato de que anteriormente a garantia para retomada do imóvel ocorria por meio da hipoteca e atualmente ocorre através da alienação fiduciária, ou seja, por busca e apreensão. Com isso, o tempo para retomada do imóvel em caso de inadimplência depois de esgotadas as negociações caiu de 5 a 10 anos para um prazo de três a quatro meses.

Fonte: Portal DCI





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