O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento da cidade Campinas e Região (Sinfrecar) anunciou, nesta terça-feira (4), a abertura de uma sindicância para apurar as denúncias investigadas pelo Ministério Público (MP) do suposto envolvimento de membros no esquema de formação de cartel no transporte fretado.
Em nota divulgada pelo sindicato que representa a categoria, o Sinfrecar afirma que desconhece qualquer irregularidade ou atividade ilegal praticada por empresas associadas ou funcionários. O sindicato também informou que está aberto para colaborar com as investigações e que todas as denúncias veiculas nas reportagens da EPTV serão apuradas e que as medidas cabíveis serão tomadas.
Denúncia Sinfrecar
Segundo os promotores do MP um grupo de empresários e membros do sindicato combinavam quem assumiria serviços, tanto em contratos privados como em públicos, como é o caso da prestação de serviço na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). O caso envolve empresários das empresas Rápido Luxo, Belarmino Marta Júnior, e Miguel Moreira Júnior, dono da Transmimo.
Nas investigações, as empresas filiadas ao Sinfrecar combinariam os valores apresentados nas concorrências e com isso, os contratos ficavam com valores cada vez mais caros. Entre as empresas, isso também ocorria entra a Capellini e a Exclusiva. Os donos da Exclusiva, José Brigeiro Júnior e Ariovaldo Marta, da Capellini, foram presos na operação da semana passada.
Entenda o caso
A investigação começou depois que o empresário José Henrique Poppi tentou entrar na concorrência na prestação de serviço fretado na Unicamp, mas foi ameaçado por donos de outras empresas que faziam parte do esquema.
Documentos obtidos com exclusividade pela EPTV dão detalhes do depoimento do empresário ameaçado. São 25 páginas em que João Henrique Golçalves Poppi, proprietário da Expresso Poppi Ltda, conta como foi pressionado pela suposta quadrilha, desde o dia em que começou a participar de licitações para o transporte coletivo fretado na Unicamp. Segundo ele, foi o próprio diretor de Transportes da universidade, que fez o convite, em 2006, se dizendo vítima de um cartel.
Fonte: EpCampinas
e a final o que aconteceu? o problema continua, novas empresas foram adquiridas e ninguem fez nada, a corrupção está instalada?