Campinas vai desembolsar R$ 241 milhões para obras de transporte

A Prefeitura de Campinas vai desembolsar pelo menos R$ 241 milhões com os projetos de implantação de dois corredores exclusivos para a operação de Bus Rapid Transit (BRT – sistema que opera com ônibus biarticulados), que somam 39,2 quilômetros, nos eixos Ouro Verde e Campo Grande, reformas do terminal e do Viaduto Miguel Vicente Cury.

Ao contrário do que foi divulgado nesta terça-feira (24) pelas assessorias do município e da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), os R$ 339 milhões correspondem ao valor total do projeto de mobilidade apresentado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para a área de mobilidade urbana. A

União vai repassar R$ 98 milhões, enquanto o município entra com a contrapartida de R$ 44 milhões. Além disso, a Prefeitura deve obter financiamento bancário para os R$ 197 milhões restantes,  por intermédio do Ministério das Cidades.

A assessoria do Ministério informou que a administração municipal tem 18 meses para apresentar o projeto e que o início das obras deverá ser feito com o dinheiro que cabe ao município na parceria, enquanto que a liberação da verba pela União será gradativa e dependerá do cronograma dos trabalhos.

Verbas
Procurados pelo G1, o prefeito Pedro Serafim Júnior (PDT) e o secretário de Transportes, André Aranha Ribeiro, não foram encontrados para comentar sobre as medidas que serão adotadas para a captação de recursos municipais. Já a Emdec informa que verba do município só estará disponível a partir de 2013, uma vez que o projeto não consta no orçamento deste ano. Os trabalhos, segundo a empresa, devem ser realizados em até três anos.



O início das obras, segundo a empresa municipal, também dependerá da realização de dois processos de licitação: um para execução do projeto executivo e outro para seleção de construtora para as obras.

A criação dos corredores exclusivos, segundo a Emdec, devem facilitar a ligação com o Centro e o Aeroporto de Viracopos. A estimativa é de que por hora 30 mil passageiros usem o serviço. O plano de mobilidade também prevê a criação de uma via no leito desativado do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), no trecho entre o Campos Elíseos e a Vila Aurocan, um viaduto de interligação entre as avenidas Rui Rodrigues e Piracicaba, além de rebaixamentos na Avenida John Boyd Dunlop.

Cancelados
O município, segundo assessoria da Emdec, iniciou os estudos em 2009 e fez o cadastro dos projetos junto ao governo federal em 1º de abril de 2011, com valor estimado em R$ 430 milhões. Para compensar a diferença no resultado, do planejamento inicial foram retiradas a construção do Corredor Guanabara-Anhumas e a ampliação da Avenida Luís Eduardo Magalhães.

O corredor que teria 5,5 quilômetros de extensão, no trecho entre a Rodovia Dom Pedro I (próximo ao  Galleria Shopping) e a Avenida Barão de Itapura, complementaria a ligação da avenida Nossa Senhora de Fátima com a avenida Orosimbo Maia.

Fonte: G1





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