Estudantes de Campinas têm viagem interrompida em aeroporto no México

Um grupo de 40 estudantes da região de Campinas permanece no Aeroporto do México, após caírem em um golpe de uma agência de viagens. Os adolescentes compraram pacotes de viagens para Cancun, mas o voo que liga a capital mexicana ao destino, assim como a estadia no hotel, não foram pagos pela empresa Trip and Fun.

A enfermeira Ana Rosa Martins, mãe de uma das estudantes, recebeu uma ligação da filha direto do México. “A gente tá quase sendo expulso do hotel”, afirma a adolescente por telefone. O roteiro de férias por sete dias incluía festas, hotel cinco estrelas e todas as refeições pelo valor de R$ 3 mil. Na maioria dos casos, os pacotes tinham como destino o parque de diversões Disney, nos Estados Unidos, e Cancun, no México, vendidos para grupos de adolescentes na comemoração dos 15 anos e na formatura do ensino médio.

Com dificuldades para entrar em contato com a empresa, dezenas de famílias foram até a sede da agência no bairro Cambuí. Muitos com viagem marcada e já paga se desesperaram com a falta de respostas da empresa. “Não tem como falar, destruiu meu sonho”, diz a estudante Monique Mendes.



A consultora de negócios Margarida Guimarães, também mãe de uma das adolescentes, afirmou que ligou ao hotel onde os estudantes deveriam ficar. “O hotel disse que faz um ano que não trabalham com a Trip and Fun”. As adolescentes conheceram a empresa por meio da revista Capricho. “A princípio, era bem organizada. Deram mochila, camiseta”, conta a comerciante Maria de Oliveira. “Eles entraram na sala de aula do colégio e exibiram vídeos de viagens, apresentaram os serviços”, conta o aposentado Jerson Baixo.

Segundo o diretor regional do sindicato dos estabelecimentos de ensino do estado de São Paulo, as escolas não se envolvem nos projetos que são apresentados nas instituições e que em alguns casos, pais e alunos solicitam que haja um espaço na escola para as negociações, que são de total responsabilidade dos pais.

A assessoria de imprensa da revista Capricho informou que não vai se manifestar sobre o caso. Em relação às camisetas e mochilas, os produtos encontrados com os estudantes podem ser adquiridos em qualquer loja e papelaria já que a marca possui mais de 80 itens licenciados, afirma a assessoria.

Fonte: G1





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