PF prende 13 acusados de contrabando de cigarros paraguaios ?em Campinas

A Polícia Federal (PF) em Encontra Campinas (SP) prendeu na manhã desta quinta-feira 13 pessoas acusadas de contrabandear cigarros oriundos do Paraguai. Entre os detidos estão uma mulher e um adolescente, que foram encaminhados, respectivamente, a uma cadeia feminina e à Vara da Infância e Juventude. que foi entregue a Vara da Infância e Juventude. A Operação Exaustor começou às 6h e contou com 100 policiais.

Segundo o delegado da PF Sebastião Augusto Pujol, foram desarticulados três grupos que cruzavam a fronteira trazendo o cigarro do Paraguai, entrando no Paraná através de carretas. Depois, o produto era dividido em veículos menores para serem distribuídos na região de Campinas.

A operação da PF começou a investigar os suspeitos em fevereiro deste ano. Em julho, a PF já havia interceptado uma carreta em Jaguariúna, no interior de São Paulo, carregada com 700 caixas de cigarros. “Eles vinham atuando nesta modalidade de crime há pelo menos 10 anos”, contou o delegado Pujol. De acordo com ele, as quadrilhas movimentavam em torno de R$ 2 milhões, e o faturamento mensal de cada grupo girava em torno de R$ 700 mil. O prejuízo para a receita federal é estimado em cerca de R$ 2,1 milhões.



Nesta quinta-feira, foram apreendidos 122 caixas de cigarros de várias marcas, uma Kombi e duas motocicletas. Também foram encontradas três pistolas automáticas e pequenas porções de maconha e cocaína. A PF apreendeu ainda R$ 200 mil, divididos em pacotes de notas de R$ 10, R$ 20 e R$ 50. “Quando chegamos na casa de um dos suspeitos, um homem começou a jogar os pacotes de dinheiro pela janela”, disse.

Ao todo, foram cumpridos 13 mandatos de prisão e 18 de busca e apreensão em Campinas, Sumaré e Hortolândia. Todos são acusados de contrabando e descaminho (com penas que variam de 1 a 4 anos de reclusão), formação de quadrilha (de 1 a 3 anos de prisão) e lavagem ou ocultação de dinheiro, direitos e valor (3 a 10 anos de reclusão).

Segundo o delegado da PF Jessé Coelho de Almeida, calcula-se que cerca de 25% do cigarro consumido no País seja fruto de contrabando. “São produtos sem a avaliação da Vigilância Sanitária, sujeitos a impurezas que fazem mal à saúde”, salientou. Segundo ele, a grande procura por esse tipo de cigarro está relacionada ao preço. “Cada unidade é encontrada em bancas de camelôs e bares da periferia ao preço de R$ 1,20 e R$ 1,50, enquanto que o produto nacional é o dobro (desse valor)”, disse.

Fonte: Portal Terra





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