O Sistema Único de Saúde (SUS) em Campinas (SP) apresenta atualmente um déficit de 72 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), considerando-se a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS). A cidade possui 258 vagas desse tipo, quando o aconselhado pelo órgão é ao menos 330. Na última semana, hospitais particulares fecharam 24 leitos de UTI, o que agravou a situação.
Atualmente, Campinas conta com 22 hospitais que possuem unidades de terapia intensiva, entre eles 13 são particulares. Ao todo são 258 vagas no sistema público e 246 na rede particular. No Hospital Samaritano, foram fechados 15 leitos de UTI para se adequar a exigências da vigilância sanitária. Outras nove vagas em leitos de UTI no Hospital Casa de Saúde Campinas foram fechadas por falta de profissionais.
Com poucos leitos, o tempo de espera para quem precisa ser internado na UTI aumenta. “A espera pode variar de 6 horas a 24 horas dependendo da gravidade e disponibilidade”, diz o Coordenador do Samu de Campinas, José Roberto Hansen. Para o coordenador de ortopedia do Hospital Celso Pierro, José Luis Zabeu, esse prazo pode não ser suficiente. “Se estivermos falando de urgência, o tempo é escasso e é importante ter esse leito nas primeiras 6 a 8 horas da solicitação. Passando desse tempo, o paciente pode se aproximar daquele limite no qual a medicina não consegue mais resgatar”, conta.
Os leitos hospitalares comuns aumentaram em Campinas, passando de 2860 para 2880, pois a Prefeitura de Campinas abriu 20 novos leitos esta semana no Complexo Hospitalar Ouro Verde. O secretário de Saúde de Campinas, Fernando Brandão, informou que até 2014 a cidade terá 22 novos leitos de UTI. “O leito de UTI é caro e difícil de conseguir”, diz Brandão.
Fonte: G1