A suspensão do serviço de recolhimento e guarda de veículos irregulares por parte da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) durou menos de 24 horas. Após uma reunião com autoridades competentes, na tarde desta quinta-feira (30), o órgão voltou atrás e decidiu retomar o procedimento, um antigo acordo entre a Prefeitura de Campinas e o governo do Estado de São Paulo. A nova decisão já está valendo.
Participaram do encontro o diretor da secretaria de Transportes de Campinas, Sérgio Torrecillas, o diretor de operações da Emdec, João Carlos Fagundes, e o delegado da Deinter 2 (Delegacia do Interior), José Carneiro de Campos Rolim Neto.
A medida acabou reconsiderada devido a uma interpretação equivocada da Emdec sobre a realização dos leilões. A empresa avaliou que o processo estava extinto quando, na verdade, apenas o leilão de janeiro do próximo ano foi cancelado. O próximo está previsto para fevereiro. Outros sete acontecerão em 2011. A Ciretran ainda assumiu o compromisso de apresentar um cronograma detalhando as datas dos leilões, que, segundo João Carlos Fagundes, liberam, mensalmente, de 400 a 500 vagas no pátio municipal.
A superlotação do local, aliás, foi o principal motivo alegado pela Emdec para deixar de receber carros roubados ou com pendência na Justiça. O pátio está com o triplo da capacidade. A área tem condições de abrigar até 2,3 mil veículos, mas conta com 6,7 mil. Desse total, 95% vieram de apreensões das polícias Militar e Civil.
Em dia normais, 20 carros chegam em média ao pátio municipal. Outras duas áreas são improvisadas na cidade para tentar aliviar a situação: a sede da Emdec, na Vila Industrial, que conta com 400 carros, e o Departamento de Inspeção Veicular, na região do Satélite Íris, com 120 veículos. O problema é antigo. Em agosto de 2009, já eram 5,6 mil no pátio, o dobro da capacidade.
Fonte: EpCampinas